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domingo, 30 de novembro de 2014

Tosca - falando de amor


 
Theatro Municipal de São Paulo 

Praça Ramos de Azevedo s/n

GIACOMO PUCCINI 
TOSCA 
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo
 
Coro Lírico Municipal de São Paulo
 
Oleg Caetani– Regência
 
Marco Gandini– Direção Cênica
Simona Morresi – Figurinos 
Floria Tosca
 Ainhoa Arteta (dias 29, 2, 6, 9, 11, 13) Ausrine Stundyte (dias 30, 4, 7) Mario Cavaradossi Marcelo Alvarez (dias 29, 02, 06, 09 e 13) Stuart Neill (dias 30, 04, 07 e 11) Scarpia Roberto Frontali(dias 29, 02, 06, 09 e 13) Nelson Martinez (dias 30, 04, 07 e 11) Cesare AngelottiMassimiliano Catellani Sacristão Saulo Javan Spoletta Luca Casalin 


A  “Tosca”, de Giacomo Puccini,  estreia dia 29,  no Municipal. O diretor, o cenógrafo e o figurinista são  respectivamente, os italianos Marco Gandini, Italo Grassi e Simona Morresi.  “Aqui, teremos um esquema cenográfico complexo, que se movimenta diante do público, com troca de perspectiva dos três principais ambientes exigidos pelo libreto: a igreja, a sala de Scarpia e a prisão, onde Cavaradossi é torturado. Embora nossa montagem possa ser classificada como ‘clássica’, optamos em deslocar a trama, que é de 1800, para uma época mais próxima à nossa.”

Para o diretor, o enredo envolve aspectos políticos, de amor e traição, mas é, sobretudo, uma história de paixão. “‘Tosca’ focaliza três grandes apaixonados, não apenas pelo amor em si, mas também pelo poder, pela liberdade e pela vida. A música de Puccini, também passional, valoriza esse contexto.”

A regência é do também italiano Oleg Caetani e os três principais personagens são interpretados por solistas internacionais: no da cantora lírica Floria Tosca, se revezam Ainhoa Arteta (Espanha) e Ausrine Stundyte (Lituânia); no do chefe de polícia Scarpia, Roberto Frontali (Itália) e Nelson Martinez (Cuba), e, no do pintor Mario Cavaradossi, Marcelo Alvarez (Argentina) e Stuart Neill (EUA), o qual, ainda no mês passado, desempenhou este mesmo papel no Ópera Nacional de Paris.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Irmão Alemão inspira Chico Buarque

Imagine como é surpreendente entrar na livraria e encontrar o Chico Buarque na prateleira com seu Irmão Alemão... 
O compositor, poeta e romancista brasileiro Chico Buarque acaba de lançar seu novo livro, O irmão alemão. Ele se inspira no meio-irmão, fruto do relacionamento de seu pai, Sérgio Buarque de Holanda, com uma alemã, durante sua passagem pelo país entre 1929 e 1930, como correspondente de O Jornal.
O irmão alemão nasceu em 1930. Seis anos depois, o também historiador Sérgio Buarque se casou no Brasil e teve outros filhos. A existência do meio-irmão era conhecida pela família brasileira. No entanto a última notícia que havia dele datava da Segunda Guerra Mundial, gerando a suposição que pudesse ter morrido nesse período.
A história mudou em maio de 2013, quando, a pedido da editora Companhia das Letras e do próprio Chico Buarque, o historiador brasileiro João Klug e o museólogo alemão Dieter Lange identificaram o irmão desconhecido. E ele se revelou uma celebridade da comunista República Democrática Alemã (RDA), com a mesma profissão do pai e o talento do meio-irmão brasileiro.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A Tabacaria de Pessoa

Pessoas em Pessoa

Poesias de
Álvaro de Campos



      TABACARIA
    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
    Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
    Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
    E não tivesse mais irmandade com as coisas
    Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
    A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
    De dentro da minha cabeça,
    E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
    Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
    Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
    À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
    E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
    Falhei em tudo.
    Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
    A aprendizagem que me deram,
    Desci dela pela janela das traseiras da casa.
    Fui até ao campo com grandes propósitos.
    Mas lá encontrei só ervas e árvores,
    E quando havia gente era igual à outra.
    Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
    Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
    Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
    E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
    Gênio? Neste momento
    Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
    E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
    Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
    Não, não creio em mim.
    Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
    Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
    Não, nem em mim...
    Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
    Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
    Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
    Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
    E quem sabe se realizáveis,
    Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
    O mundo é para quem nasce para o conquistar
    E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
    Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
    Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
    Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
    Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
    Ainda que não more nela;
    Serei sempre o que não nasceu para isso;
    Serei sempre só o que tinha qualidades;
    Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
    E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
    E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
    Crer em mim? Não, nem em nada.
    Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
    O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
    E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
    Escravos cardíacos das estrelas,
    Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
    Mas acordamos e ele é opaco,
    Levantamo-nos e ele é alheio,
    Saímos de casa e ele é a terra inteira,
    Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
    (Come chocolates, pequena;
    Come chocolates!
    Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
    Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
    Come, pequena suja, come!
    Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
    Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
    Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
    Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
    A caligrafia rápida destes versos,
    Pórtico partido para o Impossível.
    Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
    Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
    A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
    E fico em casa sem camisa.
    (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
    Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
    Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
    Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
    Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
    Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
    Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
    Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
    Meu coração é um balde despejado.
    Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
    A mim mesmo e não encontro nada.
    Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
    Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
    Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
    Vejo os cães que também existem,
    E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
    E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
    Vivi, estudei, amei e até cri,
    E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
    Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
    E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
    (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
    Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
    E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
    Fiz de mim o que não soube
    E o que podia fazer de mim não o fiz.
    O dominó que vesti era errado.
    Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
    Quando quis tirar a máscara,
    Estava pegada à cara.
    Quando a tirei e me vi ao espelho,
    Já tinha envelhecido.
    Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
    Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
    Como um cão tolerado pela gerência
    Por ser inofensivo
    E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
    Essência musical dos meus versos inúteis,
    Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
    E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
    Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
    Como um tapete em que um bêbado tropeça
    Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
    Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
    Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
    E com o desconforto da alma mal-entendendo.
    Ele morrerá e eu morrerei.
    Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
    A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
    Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
    E a língua em que foram escritos os versos.
    Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
    Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
    Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
    Sempre uma coisa defronte da outra,
    Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
    Sempre o impossível tão estúpido como o real,
    Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
    Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
    Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
    E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
    Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
    E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
    Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
    E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
    Sigo o fumo como uma rota própria,
    E gozo, num momento sensitivo e competente,
    A libertação de todas as especulações
    E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
    Depois deito-me para trás na cadeira
    E continuo fumando.
    Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
    (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
    Talvez fosse feliz.)
    Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
    O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
    Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
    (O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
    Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
    Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
    Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.


    Álvaro de Campos, 15-1-1928

Para que precisamos ler?

Precisamos ler para...
Ler para aprender, ler para novas experiências, ler para aumentar seu raciocínio, ler para se divertir, ler para viajar, ler para expandir sua memória, ler para estimular sua mente, ler para reciclar conhecimentos, ler para saber, ler para estudar, ler para ser único, ler para ...
 Livros on line para download
1. Universia – Reúne mais de 1.000 arquivos, incluindo biografias de cineastas, textos científicos sobre comunicação e clássicos da literatura universal.
2. Open Library – Projeto que pretende catalogar todos os livros publicados no mundo, já tem 1 milhão de títulos disponíveis para download. Podem ser encontrados livros em cerca idiomas.
3. Brasiliana – O site da Universidade de São Paulo (USP) disponibiliza cerca de 3000 mil livros para download de forma legal. Há livros raros e documentos históricos, manuscritos e imagens.
3. Blog Midia8 – Página reúne mais de 200 links de livros sobre comunicação em português, inglês e espanhol para ler online e fazer download.
4. Casa de José de Alencar – A Biblioteca Virtual do site do pai do romance brasileiro disponibiliza para download gratuito 14 de suas obras, incluindo romances e peças de teatro.
5. Read Print – Essa espécie de livraria virtual oferece mais de 8 mil títulos em inglês para estudantes, professores e entusiastas de clássicos.
6. Biblioteca Digital de Obras Raras – O site idealizado pela Universidade de São Paulo (USP) é direcionado a pesquisadores. Oferece mais de 30 obras completas em diferentes idiomas.
7. Portal Domínio Público - Biblioteca virtual criada para divulgar clássicos da literatura mundial, oferece download gratuito de mais de 350 obras. É possível baixar 21 livros de Fernando Pessoa.
8. Saraiva – A rede de livrarias disponibilizou recentemente 148 livros para download em PDF gratuito. O leitor precisa apenas fazer um cadastro e baixar o aplicativo de leitura para ter acesso às obras.
9. Biblioteca Nacional de Portugal – Entre os destaques do portal está um site dedicado ao escritor José Saramago. Nele estão disponíveis manuscritos do autor.
10. Machado de Assis – Criado pelo MEC, o site disponibiliza a obra completa do escritor – em pdf ou html - para leitura online. Estão lá crônicas, romances, contos, poesias, peças de teatro, críticas e traduções.
11. Biblioteca Mundial Digital – Oferece milhares de documentos históricos de diferentes partes do mundo. Multilingue, o material está disponível para leitura online.
12. Dear Reader – Esse é um clube virtual que envia por e-mail trechos de livros. Após o cadastro, o usuário passa a receber  diariamente um trecho, cerca de dois a três capítulos de livros.
13. eBooks Brasil – Oferece livros eletrônicos gratuitamente em diversos formatos.
14. Projeto Gutenberg – Tem mais de 100 mil livros digitais que podem ser baixados e lidos em diferentes plataformas eletrônicas.
 15.  Unesp Aberta - Criado pela reitoria da Universidade Estadual Paulista "Júlio Mesquita", o site disponibiliza material pedagógico gratuitamente. Desenvolvidos para os cursos da universidade, o material está abertos para consulta em diversos formatos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

“A Lista” - fazer parte...fazer arte


Faça parte da arte... “A Lista”, interpretado por Clarice Niskier, em cartaz no Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Conjunto Nacional –  traz o monólogo  baseado no livro homônimo da canadense Jennifer Tremblay. 
Sinta-se contemporâneo. Reconheça-se em algum momento. Para não dizer,  se identifique com a personagem de Clarice, cujo nome não é revelado.  O mais importante é Caroline, a vizinha. É em torno dela que o drama é desenrolado.
Com direção de Amir Haddad, Clarice Niskier interpreta uma dona de casa, mãe de três filhos, que vive em um pequeno vilarejo de um subúrbio. A personagem conta, logo no início do espetáculo, que escolheu viver longe da cidade para ser e sentir-se como única fonte de amor do marido. Ponto interessante para compreender toda a história. Ela, então, decidiu construir um mundo à parte, o que faz total sentido quando os afetos de fato existem.
A Lista - São Paulo 

De 14 de novembro a 14 de dezembro de 2014 
Sextas e Sábados, às 21h
Domingos, às 19h
 

Duração: 60 minutos
Faixa etária: 16 anos
Ingresso: R$ 60 
Local 

Unidade: Conjunto Nacional
Endereço: Av. Paulista, 2073 - Bela Vista - São Paulo/SP

sábado, 22 de novembro de 2014

Dali visita São Paulo - Exposição Salvador Dali

A retrospectiva do artista espanhol Salvador Dali está na cidade de São Paulo, pronta para sua visitação. 
A organização do evento criou um sistema de senhas para evitar que as pessoas fiquem esperando em  pé na fila, como aconteceu na exposição da japonesa Yayoi Kusama. 
Elas são distribuídas a partir das 10 da manhã para três horários: 11h, 14h e 17h. 
Organize-se  para ver as 218 peças exibidas. Elas apresentam um Dalí detalhista (chegou a pintar com pincéis de duas cerdas e auxílio de uma lupa) e sério, que passou pelo Cubismo e pelo Impressionismo antes de se encontrar no Surrealismo. 
Entre as 24 telas há raridades  como A Memória da Mulher-Menina. A grandiosidade dos trabalhos surge em belas gravuras pouco conhecidas que ilustram livros como Alice no País das Maravilhas ou fazem releituras impossíveis de desenhos botânicos do século XVIII. De 19/10/2014. Até 11/1/2015.


Rua Dos Coropés, 88 - Pinheiros - São Paulo - SP - Tel.: (11) 2245 1900
Terça a domingo e feriados, 11h às 20h.
Estacionamento (R$ 18,00 a primeira hora; R$ 6,00 a hora adicional).
Grátis - senhas entregues a partir das 10:00 horas para o dia da exposição

http://www.institutotomieohtake.org.br/programacao/exposicoes/salvador-dali/

Pessoas em Pessoa - muitos Homens em um...

Fernando Pessoa é um grande, para mim,  o maior poeta português do século XX.  Nascido em 1888, na cidade de Lisboa, Pessoa são vários himens em  um  só. É conhecido pela “criação” de outros poetas, seus heterônimos. Figuras que são muito mais que pseudônimos, nascidos da complexidade do poeta, mas que possuem  vidas e  estilos literário próprios e  bem distintos.

Agora, o poeta fingidor de dores que deveras sentia tem sua poesia completa disponibilizada no Portal Domínio Público. A simplicidade camponesa de Alberto Caeiro, o futurismo de Álvaro de Campos, o neoclassicismo de Ricardo Reis, o desassossego do semi-heterônimo Bernardo Soares e, claro, as reflexões do próprio Pessoa estão disponíveis em PDF para download.

O conteúdo reunido no Domínio Público inclui as obras que o poeta português publicou na língua inglesa e todos os arquivos são bem legíveis (não são escaneados como eu pensei que fossem). O acervo obviamente tem seus probleminhas: obras repetidas e falta de organização cronológica são detalhes que até passam batido, o que pode incomodar um pouco mais é que ao procurar por “Fernando Pessoa” não aparecem algumas das obras de seus heterônimos. Mas nada que buscar por “Ricardo Reis”, por exemplo, não resolva.

Com a proposta de criar uma biblioteca virtual com conteúdos que podem ser acessados gratuitamente e composto por materiais que já se encontram em domínio público ou que tenham a licença dada pelos titulares dos direitos autorais, o Portal Domínio Público foi lançado em 2004 pelo Ministério da Educação do Brasil, com um acervo inicial de 500 obras. Hoje, segundo dados do próprio site, são quase 200 mil arquivos, sendo que 182.453 deles são de textos, ou seja: livros, muitos livros! #vivacultura , leia mais.

Dicas de download.

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000008.pdf
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pe000001.pdf


XXIX - Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés —
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Diálogos com Mario Schenberg - José Luis Goldfarb



Nessa obra o autor, Professor  José Luis Goldfarb  apresenta a importância dos trabalhos de Schenberg para a Física. Vale ressaltar que Schenberg, além de físico e pesquisador foi um conceituado crítico de arte. Propagador da Cultura.

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https://www.widbook.com/ebook/read/dialogos-com-mario-schenberg